Algumas considerações fisiológicas, padrão, uma vez que cada mulher pode ter reações próprias, na hora de um orgasmo. Entretanto, sob o ponto de vista orgânico, espera-se algumas reações corporais, que fazem com que o orgasmo feminino:
- se inicia com fortes e rítmicas contrações involuntárias da plataforma orgástica (a terça parte externa da vagina) e do útero.
- o rubor sexual atinge o seu ponto máximo (os lábios vaginais ficam intumescido e mudam de cor).
- o clitóris fica ereto e sensível ao toque, colaborando para o prazer e a chegada do orgasmo.
- é possível haver contrações involuntárias do esfíncter retal, o que leva, em algumas mulheres, a sensação de dores no ânus, após o orgasmo.
- os batimentos cardíacos aceleram-se, a pressão sanguínea e o ritmo da respiração também chegam ao ponto máximo.
- inicia-se a perda do controle muscular voluntário (em algumas mulheres pode-se observar a contração de grupos de músculos no rosto, nas mãos e nos pés.
O orgasmo feminino pode ser produzido pela estimulação clitoriana ou vaginal, ou por uma combinação de ambas. Essa estimulação pode se dar por auto-erotismo (masturbação), sexo oral, sexo com penetração vaginal, sexo anal, pelo uso de vibradores ou consolos).
O orgasmo feminino NÃO é igual ao do homem. As mulheres podem gozar pela estimulação apenas do clitóris, pela estimulação da vagina (mais raro), pela estimulação de ambos e pela estimulação anal. Geralmente, após orgasmo, uma mulher pode gozar novamente, se for devidamente estimulada e se ela estiver com desejo. Ao contrário dos homens que precisam de um certo tempo para se recuperarem.
TODAS as MULHERES GOZAM da MESMA FORMA?
Não. Embora os estudiosos da fisiologia da resposta sexual feminina descrevam, funcionalmente, alguns fenômenos comuns ao orgasmo feminino, não há um padrão único para que ele ocorra. Quero dizer que, embora hajam reações e sensações biológicas, orgânicas, corporais ... comuns a todas as mulheres, é possível verificarmos peculiaridades e características próprias do orgasmo se expressar, em cada uma de nós. Portanto, não há um modelo único, automático ou definitivo para que o orgasmo se manifeste.
Além desse aspecto pessoal, os momentos e circunstâncias que experimentamos na vida, também são determinantes. O conhecimento sexual pessoal é adquirido ao longo de nossa vida sexual. A expressão prática da nossa sexualidade, ao longo da vida, pode variar e mudar, dependendo do nível de maturidade frente ao sexo, do tipo de estímulo proporcionado pelo nosso(a) parceiro (a), dos níveis de erotização e desejo vividos, do conhecimento e controle dos mecanismos subjetivos da sexualidade (nossas fantasias, por exemplo), da capacidade de entrega aos prazeres do sexo, do desapego aos mecanismos repressores aprendidos pela educação, dos níveis de saúde e bem estar corporal, etc.
Não é possível descrever o orgasmo feminino como um fenômeno único. Cada mulher pode reagir e expressar comportamento próprio:
- tem garotas que tremem
- algumas contraem toda musculatura do corpo
- outras, dão "pulinhos" ritmados
- há mulheres que tem uma única sensação
- outras podem ter várias e seqüenciais descargas elétricas
- tem garotas que riem ... outras choram
Somente a mulher pode dizer e descrever seu orgasmo
Fonte: FURLANI,Jimena. Orgasmo e Prazer Femininos.
TEORIA II
ORGASMO FEMININO – NOVOS CONCEITOS
Este assunto tem sido muito discutido nos últimos tempos pela sua importância entre as mulheres.Ao adquirir maior consciência de sua sexualidade, após séculos de quase total submissão ,a mulher procura atingir e mostrar todo o seu potencial sexual e deixar de ser considerada “fria” . Conhecer as múltiplas causas que mantêm essa injustificada situação é o primeiro passo para a mulher solucionar eficazmente tal dificuldade e, juntamente com o homem, obter plena gratificação sexual. Muitas mulheres não atingem o orgasmo nas relações, mas isso não interfere de modo significativo em seu relacionamento com o parceiro. Outras, porém,sentem-se diminuídas e frustradas com essa situação que pode perturbar inteiramente sua vida conjugal.O chegar ao orgasmo constitui um crescimento sexual e não é uma experiência isolada de prazer físico e psicológico.Ele não depende só da excitação sexual, mas, sobretudo, da capacidade de entregar-se às sensações eróticas, de sentir-se à vontade consigo mesma,de amar-se, e de amar o seu parceiro sexual.É o crescimento e amadurecimento sexual da mulher.
Para viver esta experiência é necessário viver a entrega!Entregar-se quer dizer abandonar-se às próprias sensações, descobrir o que gosta e o que não gosta durante o contato sexual e compartilhar com o parceiro suas necessidades e desejos.Não jogue toda a responsabilidade de conseguir o orgasmo para o homem, achando ser ele o culpado de sua frustração.Você deve sair do papel de passiva e vítima e comprometer-se com o seu crescimento sexual e pessoal.
Sem ser a solução do seu problema, porém com o medo de que o parceiro descubra sua dificuldade e a abandone por isso, a mulher finge que está atingindo o orgasmo. A longo prazo ,essa atitude simuladora tem como repercussão a incapacidade da mulher de revelar ao marido suas dificuldades sexuais.Ela deixa de contar com a colaboração do companheiro sexual, fator indispensável para a solução desta disfunção sexual.
No orgasmo as evidências fisiológicas são as contrações rítmicas da entrada e parte da vagina e da musculatura do períneo; o útero também sofre contrações.Todos os orgasmos se assemelham fisiologicamente, mas podem ser sentidos de formas diferentes.Para algumas mulheres é um murmúrio suave, para outras, um agitado turbilhão.
Quando uma mulher apresenta a falta ou a dificuldade de ter orgasmos e quer saber o tratamento deve procurar um médico, de início um ginecologista, a fim de verificar se existe alguma coisa errada nos órgãos genitais ou algum distúrbio hormonal. Se nesta consulta não for verificado problema orgânico o diagnóstico normalmente vai para a área psicológica e a paciente deve ser encaminhada parar um tratamento especializado em terapia sexual.
O tratamento se baseia de maneira geral em informação detalhada sobre a anatomia e a fisiologia da resposta sexual feminina e masculina, correção de conceitos errados nessas áreas e psicoterapia breve com a finalidade de reduzir a ansiedade provocada pelo problema sexual.O comportamento sexual, bem como as disfunções sexuais resultam de um processo de aprendizado.
A terapia sexual difere de outras formas de tratamento das disfunções sexuais sob dois aspectos: primeiro, porque seus objetivos se restringem essencialmente à eliminação da dificuldade sexual; segundo, porque emprega além de psicoterapia, exercícios sexuais que a paciente deve realizar em casa.Essas práticas constituem a principal inovação da moderna terapia sexual.Apesar desse enfoque dirigido ao sintoma sexual,nessa forma de tratamento, muitas vezes é necessário intervir no relacionamento global dos parceiros através de técnicas de terapia sexual.Como tratamento paralelo para aumentar a auto-estima feminina, a mulher deve freqüentar cursos, palestras, work-shops e até dançar é uma excelente terapia. Boa sorte.
Dr. Celso Marzano
Urologista, Sexólogo e Terapeuta Sexual
FONTE: INSTITUTO ISEXP: Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática
Sinceramente, eu penso que o orgasmo feminino está intimamente ligado a sedução, ao toque, ao cheiro do parceiro(pra mim é fundamental),ao carinho e principalmente a segurança que a mulher sente para a entrega total, e o prazer real.
Precisamos nos sentir aconchegadas e seguras, e isso não quer dizer que somos carentes, ou que ficaremos desesperadas se ele não ligar no outro dia. É claro que isso importa sim, mas sexo, tesão e desejo, nem sempre estão ligados a sentimento, embora seja assim pra grande maioria das mulheres, inclusive pra mim. E quando eu falo de sentimento, não quer dizer AMOR, PAIXÃO, mas sim, RESPEITO,CONSIDERAÇÃO e AFETO , que é o mínimo que um homem pode ter por uma mulher. E se você está saindo, ficando ou sei lá, qualquer coisa, com um cara desses, que não te respeita, faça como li em um livro, pense em como fica depois de uma boa transa: bem ou mal? Resposta: 2 (mal), sai fora minha amiga! Como diria NELMA PENTEADO, você é um DIAMANTE.
E por falar em Nelma Penteado, deixo aqui o link para o site dela, se você quiser dar uma apimentada no seu dia a dia...
É o contato da pele, a respiração e o calor do outro que nos leva ao TESÃO e consequentemente ao orgasmo.
Mesmo com todos esses mitos e dúvidas a respeito do orgasmo feminino, o que importa é o PRAZER de estar com quem se deseja naquele momento, com quem se ama.
Um beijo em todas(os) e ótima quinta feira.
5 comentários:
Roberta, escrevi tanta coisa no comentário que fiz. Acabou virando quase uma cronica, preferi apagar.Muito bom teu post.
Gostei mais ainda de vir aqui.
Maurizio
* desculpe ter apagado o coments que fiz.
Sem afinidade o sexo fica totalmente alienado, frio, mecânico. Chego a dizer até que o gozo resultado aí não chega a ser aquilo que podemos conceituar como gozo.
Cadinho RoCo
Querida, obrigada pelo carinho .Quero deixar bem claro que alguns comentários que faço serão desbocados, sem pudor, outros serão finos e sensíveis.Vai depender do que vc postar, ok?Como esse agora...
Delícia de leitura, nunca é tarde para aprender e saber sobre algo tão natural.Se entregar ao mais doce deleite que é um orgasmo sem preocupações é tudo de bom.O cheiro, a pele, os pêlos...ui!tem que haver um sentimento para toda essa química funcionar, com certeza.
Queridona empolguei, vou parar por aqui.
Bjs.
Roberta,
Falar sobre a energia feminina em sua liberação e troca mostra que estamos aprendendo a conhecer a interação do espírito com o corpo sem repressões, e o que podemos fazer com nosso "poderoso gerador".
Adorei seu post.
Beijos
P.S.: inscrevi seu blog no Readers para acompanhá-lo na medida do possível (rsrsr - porque ultimamente apenas consigo visitar meus amigos blogueiros uma vez por semana...)
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